terça-feira, 16 de junho de 2009

Quanto vale um perdão

Quantas vezes devemos perdoar nossos ofensores? Todos nós sabemos o que diz nos textos sagrados, mas o que poucos conhecem, e menos ainda os que praticam uma das mais fortes se não a maior virtude, o perdão.
Quantas vezes não dizemos para nós mesmos ou para outro que até perdoaria uma ofensa, uma agressão física ou moral, dizendo várias vezes, eu até perdôo desde que haja uma punição, que ele(a) sofra uma justiça, não é justo o que ele me fez e que isso passe impune.
Perdoar um amigo, filho, mulher, família, inimigo é um dever de todos nós, mas ai daqueles que diz, eu nunca vou perdoar, porque estaria escrevendo sua própria condenação, estaria alimentando seu egoísmo, uma das maiores chagas deste mundo.
Quem sabe se ele não descesse no fundo de sua consciência acharia uma resposta de sua própria culpabilidade. Quem pode garantir que a ação do agressor não foi uma reação da sua própria intolerância? Quem sabe se não tivesse obtido uma ofensa primeira sua não haveria uma discussão, uma ofensa?
Talvez se usássemos toda moderação não tivesse ocorrido o fato. Mas agora ser indulgente, intolerante, não se mostrar suscetível a uma situação de perdão em relação aos nossos adversários que errou e se mostra suscetível, será isso justiça da nossa parte, ou uma injustiça?
E se dependia de nós evitarmos as ofensas?
Quantas vezes nós queremos que o outro faça o que nós queremos e não o que ele próprio quer? Somos senhores de nós mesmo, agora querer ser senhor do outro isso já é domínio, será que isso é correto? Não preciso nem perguntar.
Não devemos anular nenhuma das responsabilidades, todos somos responsáveis por nossos atos, o que quero mostrar aqui é que muitas das nossas "justiças" que achamos certo, muitas vezes nós somos mais culpáveis do que perdoáveis. Alias nas questões de justiça ou injustiça, é melhor sofrer uma injustiça do que comete-la, porque a pior coisa que poderia acontecer a um homem é ir para o outro lado da vida com uma alma carregada de crimes.
Há duas maneiras de existir o perdão, aquele que sai da boca mas não do coração, é dizer, eu te perdôo, mas ao deitar na cama sentir-se corroído pelo senso de justiça que deveria ter feito ou pelo ódio que esse te faz sentir. Já dizia Shakespeare, sentir ódio é como tomar veneno e querer que outro morra. É dizer em você mesmo, eu perdôo mas não volto nunca mais com ele(a) ou não quero vê-la nunca mais na minha vida. está aí o perdão? Podemos chamar isso de perdão ou justiça?
Não; esse não é o perdão, o perdão válido por Deus e pela vida é aquele que lança um véu no passado e cai no esquecimento, quantas vezes nos lembramos de coisas que aconteceram na nossa infância ou juventude que hoje mais parece ridículo. Perdoar é estar limpo e confiante em Deus, porque não se preocupa com o perdão das aparências, ele conhece nosso intimo, seus olhos estão em todos os lugares, quer seja público ou oculto, não devemos esquecer que sobre nós há uma legião de protetores mas também de opressores, por isso devemos sempre estar atentos com o que devemos atrair, opressores ou protetores? Todos os espíritos se unem por afinidades, se você for imperdoável, intolerante, irá atrair esse nível de espíritos.
O esquecimento completo das ofensas é virtudes das grandes almas.

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